Entenda um pouco sobre mel.
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Mas e a importância do mel para a nossa saúde?
O mel pode ser usado para fortalecer o sistema imunológico, melhorar a capacidade digestiva e até aliviar a prisão de ventre. Além disso, o mel é considerado anti-séptico, antioxidante, anti-reumático, diurético, digestivo, expectorante e calmante.
O alimento também conta com potássio, magnésio, sódio, cálcio, fósforo, ferro, manganês, cobalto, cobre e alguns outros minerais. Entre estes nutrientes, o potássio é o que está mais presente e é interessante para o equilíbrio da pressão arterial.
Benefícios do mel
- Bom para dor de garganta: Como o mel possui ação antimicrobiana, capaz de impedir o crescimento ou destruir micro-organismos, ele é interessante para aliviar a dor de garganta momentaneamente. Mas é importante ressaltar que não há nenhum estudo científico comprovando que ele trate as causas desse sintoma, como uma faringite por exemplo, e nem a evolução da doença relacionada a uma dor de garganta. As características deste adoçante natural que fazem com que ele tenha esta ação antibiótica são: o baixo ph, proporcionando um ambiente ácido que pode inibir o desenvolvimento de muitos micro-organismos, pouca quantidade de água, que não proporciona condições favoráveis para o crescimento das bactérias. Além disso, o mel possui o ácido glucônico que contribui para a formação do peróxido de hidrogênio, um poderoso antibactericida.
- Bom para problemas respiratórios: Pesquisas mostraram que bactérias causadoras de algumas doenças são sensíveis a ação antibacteriana do mel. Entre esses micro-organismos estão a Haemophilus influenzae, responsável por infecções respiratória e sinusites, Mycobacterium tuberculosis, que leva a tuberculose, Klebsiella pneumoniae e Streptococcus pneumoniae, que causa a pneumonia. Nesse caso, vale a mesma ressalva em relação à dor de garganta.
- O mel pode ajudar aliviando os sintomas e o desconforto, mas não promove a cura da doença em si. O tratamento dessas doenças, portanto, deve ser indicado por um especialista.
- Bom para o intestino: O mel pode ser um importante aliado na manutenção da microbiota intestinal (conhecida como flora intestinal), que são bactérias benéficas que carregamos ali. Contribuindo assim para um melhor trânsito intestinal, a consistência normal das fezes, prevenção de diarreia e constipação.
- Com a microbiota boa, quando a pessoa consumir fibras as bactérias do bem transformam as fibras em ácidos graxos de cadeia curta, que impedem que os micro-organismos ruins do intestino invadam a corrente sanguínea e se espalhem pelo nosso corpo, criando uma defesa indireta.
Todos estes benefícios ocorrem porque ele possui carboidratos não digeríveis e oligossacarídeos que são prebióticos, ou seja, contribuem para a manutenção da microbiota intestinal. - Além disso, pesquisas mostraram que bactérias causadoras de algumas doenças são sensíveis a ação antibacteriana do mel. Entre esses microrganismos estão: Escherichia coli, causadora de diarreia e infecções urinárias e Salmonella species, que pode levar a diarreia.
- Bom para pele: O mel é rico em antioxidantes, como ácidos fenólicos, os flavonoides e os carotenoides. Por isso, o alimento contribui para a diminuição dos radicais livres e assim previne o envelhecimento precoce e contribui para a pele mais bonita e saudável. O produto pode ser ingerido ou utilizado em cosméticos como sabonetes e cremes.
- Ao ser passado na pele algumas pesquisas, entre elas uma da Universidade de Ouagadougou de Burkina Faso, observaram que ele pode agir como cicatrizante de feridas e em casos de úlceras, queimaduras e abscessos na pele. Os micro-organismo staphylococcus aureus e salmonela typhimurium, ambos causadores de infecções em ferimentos, são sensíveis a ação antibacteriana do mel.
- Ação antioxidante: Isto faz com que o mel ajude a diminuir os radicais livres e assim contribua para evitar o envelhecimento celular, proporcionando uma pele mais bonita e saudável e prevenindo doenças como o Alzheimer, cardiovasculares, entres outras.
As substâncias presentes no alimento que proporcionam este benefício são: ácido glucônico, os ácidos fenólicos, os flavonoides, certas enzimas, como a glicose oxidase, catalase e peroxidase, ácido ascórbico, hidroximetilfurfuraldeído e carotenoides. - Diminui os riscos de infecção urinária: Alguns estudos apontaram que bactérias causadoras de certas doenças são sensíveis a ação antibacteriana do mel. Entre esses microrganismos estão a streptococcus faecalis, proteus species e pseudomonas aeruginosa, todas elas podem causar a infecção urinária.
- Melhora o sono e ajuda a relaxar: O mel estimula a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e bem-estar. O alimento é um carboidrato fonte de triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, que é o hormônio responsável por baixar os níveis de estresse do organismo, melhorando o bem-estar. Ele também tem uma função importante como regenerador da microbiota intestinal, quando combinado aos lactobacilos presentes no intestino. Sabe-se que mais de 90% da serotonina é produzida no intestino, portanto o alimento ajuda a manter a integridade intestinal colaborando com uma melhor regulação neuro-endócrina, com mais serotonina e mais disposição e sensação de prazer.
Nutrientes | Mel – 25 gramas |
Calorias | 77.25 kcal |
Carboidratos | 21 g |
Cálcio | 2.5 mg |
Magnésio | 1.5 mg |
Ferro | 0.075 mg |
Potássio | 24.75 mg |
Fósforo | 1 mg |
Fonte: Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos / Taco – versão 2, UNICAMP
Confira qual a porcentagem do Valor Diário* de alguns nutrientes que a porção recomendada, 25 gramas (uma colher de sopa), de mel carrega:
- 7% de carboidratos
- 0,5% de ferro
- 0,25% de cálcio.
Contraindicações
O mel não deve ser consumido por crianças menores de um ano. Isto porque o alimento pode ter Clostridium botulunum, bactéria causadora do botulismo.
A doença pode causar problemas de saúde sérios como visão dupla e embaçada, fotofobia, tonturas, boca seca, constipação, comprometimento do sistema nervoso (dificuldades para engolir, falar, se mover) e comprometimento dos músculos respiratórios.
Esta quantidade de bactéria pode ser prejudicial para crianças com menos de um ano porque elas não possuem a microbiota completamente formada. Para os adultos saudáveis esta quantidade de Clostridium botulunum não é prejudicial.
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Além disso, ele não é recomendado para pessoas que possuem diabetes. Isto porque este alimento rico em açúcar pode levar a picos de glicemia no organismo. Grávidas também devem ficar atentas a este alimento e procurar incluí-lo em uma dieta saudável, a fim de evitar o risco de diabetes gestacional.
Riscos do consumo excessivo
Como o mel é muito calórico e rico em açúcar o consumo em excesso pode causar o ganho de peso. Além disso, grandes quantidades de mel, assim como o açúcar, podem elevar os níveis de glicose no sangue rapidamente, fazendo com que os níveis de insulina aumentem e consequentemente a longo prazo isso pode levar a resistência à insulina que favorece o diabetes tipo 2.
Combinando o mel para o café da manhã
Mel + cereais: O mel possui ação probiótica que melhora a microbiota intestinal e os cereais, como aveia, são ricos em fibras. Com a microbiota boa, quando a pessoa consumir fibras as bactérias do bem transformam as fibras em ácidos graxos de cadeia curta, que impedem que os micro-organismos ruins do intestino invadam a corrente sanguínea e se espalhem pelo nosso corpo, criando uma defesa indireta.
Mel + leite: A combinação pode ser ótima para melhorar a qualidade do sono, principalmente para quem tem mais dificuldade de desligar o cérebro antes de dormir. A temperatura morna do leite é reconfortante, ajudando o corpo a relaxar. Além disso, o alimento é fonte de triptofano, aminoácido que melhora o bem-estar e prepara para o sono. Já o mel, além de também ser fonte de triptofano, é uma fonte de carboidrato simples, que também ajuda no sono, pois facilita a absorção do triptofano.
Mel + fruta: Por ambos serem fontes de carboidratos, trata-se de uma combinação recomendável para antes da prática de exercícios físicos. Isso porque o carboidrato é o principal nutriente que proverá a energia para a melhor execução da atividade e, basicamente, os carboidratos são encontrados em quantidade limitada como reserva na forma de glicogênio nos músculos e no fígado, assim como na glicose presente no sangue.
Como saber se o mal é puro ou adulterado?
Leia a etiqueta
A primeira coisa a fazer antes da compra é ler a etiqueta e se certificar que na lista de ingredientes não aparece o “xarope de alta frutose” ou glicose comercial, dois aditivos utilizados frequentemente para não permitir que o mel se solidifique.
Solidificação
Se compramos um frasco que já está cristalizado, trata-se de um mel puro. Mas se compramos um frasco de mel líquido, podemos esperar alguns dias para constatar se ele solidificará ou coloca-lo na geladeira para acelerar o processo. Se o produto não se cristalizar, há grandes probabilidades de que se trate de mel adulterado.
Sabendo se o mel é puro de forma simples
Aqui vão alguns truques simples que podem ser úteis para sabermos se o mel que compramos é puro, se foi adulterado de alguma maneira ou se tem alto teor de umidade.
- Pegue uma colher de chá e coloque-o dentro de um copo d’água. Se ele se dissolver, então não é puro. O mel puro deve ficar junto, como um sólido, quando é submergido em água.
- Pegue um pouco e misture-o com água. Sobre esta solução coloque quatro ou cinco gotas de essência de vinagre. Se observar que se forma espuma, o mel pode estar adulterado com gesso.
- Pegue uma colher de sopa de e vire-a para baixo. O mel que estiver muito úmido cairá rapidamente, mas o mel maduro, de boa qualidade, ficará na colher ou cairá muito lentamente.
- Acenda um fósforo e tente queimar um pouco o mel. Se você notar que incendeia e queima, trata-se de mel puro. O mel mais impuro ou de pouca qualidade contém água, o que impede que ele queime.
- Se você tiver iodo em casa, pegue um pouco, misture-o com água e adicione algumas gotas de iodo. Se a solução ficar azul, o mel foi adulterado com amido.
- Pegue um pedaço de pão velho, duro e submerja-o no mel. Se em 10 minutos o pão continuar endurecido, trata-se de mel puro. Se houver muita água no mel, o pão amolecerá.
Agora é aproveitar as informações e dicas, para saber usar o tão saboroso mel no seu dia a dia.