Método BLW
A introdução alimentar com este método o bebê deve ter 6 meses de idade.
A alimentação do bebê pode ser introduzida à partir dos 6 meses de idade, que é quando o bebê já senta sem apoio, consegue segurar os alimentos com as mãos e levar o que quiser à boca, além de demonstrar interesse pelo que os pais estão comendo. O método BLW é um tipo de introdução alimentar em que o bebê começa a comer com as mãos os alimentos cortados em pedaços, bem cozidos.
Esse método pode ser utilizado para complementar Até que o bebê alcance esses marcos do desenvolvimento o método não deve ser adotado.
A introdução alimentar com este método o bebê deve ter 6 meses de idade, que é quando a Sociedade Brasileira de Pediatra indica que a amamentação já não precisa ser exclusiva. Além disso, ele já deve conseguir sentar sozinho e segurar os alimentos com as mãos e levar a boca, abrindo as mãos.
- Leia Também
Kombucha: Conheça os Benefícios dessa Bebida Probiótica
Dieta para Noivas: Elimine Peso em Pouco Tempo Antes do Casamento
Café Turbinado: Bulletproof Coffee
A partir dessa fase o bebê deve ficar sentado à mesa e fazer suas refeições junto com os pais. É necessário que a alimentação do bebê seja feita somente com alimentos saudáveis como frutas, legumes e verduras, ficando excluída dessa fase o pão, biscoitos e doces.
Uma boa forma de começar a usar o método é ao invés de colocar os alimentos num prato, deixar em cima do tabuleiro que vem nas cadeirinhas de bebê. Assim, os alimentos parecem mais vistosos e chamam mais atenção da criança.
O que dar para o bebê comer
Bons exemplos de alimentos que bebê poderá começar a comer sozinho são:
- Cenoura, brócolis, tomate, abobrinha, chuchu, couve, batata, pepino,
- Inhame, abóbora, maçaroca de milho bem cozido, beterraba em palito,
- Quiabo, vagem, couve-flor, omelete com salsinha,
- Banana (retirar a casca até quase a meio), uva cortada ao meio, maçã fatiada, melão,
- Macarrão parafuso, ovo cozido cortado em 4, bolinho de arroz com feijão,
- Frutas cozidas, sem casca e cortadas em palito.
Os alimentos duros devem ser cozidos para facilitar a mastigação, e mesmo que o bebê não tenha dentes, a gengiva também é capaz de triturar o suficiente para que ele possa engolir.
Cortar os legumes em palitos é a melhor forma de ajudar o bebê a segurar cada pedaço para colocar na boca. Caso tenha dúvida se o bebê consegue realmente amassar cada alimento com a gengiva os pais podem colocar o alimento na própria boca e tentar amassar usando somente a língua e o céu da boca.
Durante a introdução de novos alimentos no cardápio do bebê, é importante que cada alimento novo seja introduzido sozinho, para facilitar a identificação de alergias ou sensibilidades alimentares, permitindo que a família saiba qual o motivos de problemas como dores de barriga, diarreia ou prisão de ventre. O ideal é que um alimento novo seja introduzido na dieta a cada 3 dias, o que também facilita a adaptação do bebê ao sabor e textura dos novos alimentos.
É natural que nas primeiras refeições de sólidos o bebê coma muito pouca quantidade, pois ainda está desenvolvendo a capacidade de engolir os alimentos e habitando-se a novos sabores e texturas. Assim, geralmente é necessário complementar a refeição com leite materno ou mamadeira, sendo importante não forçar o bebê a comer mais do que ele deseja.
O ideal é introduzir junto com o metodo os seguintes alimentos:
- Sopas ou purês de legumes: são ricos em vitaminas, minerais e fibras que são essenciais para o correto desenvolvimento do bebê. Alguns exemplos de legumes que podem ser dados são abóbora, batata, cenoura, batata-doce, abobrinha, couve-flor, chuchu e cebola. Além disso, a sopa ou purê devem ser feitos sem utilizar sal, podendo-se adicionar 1 colher de chá de azeite após a preparação estar pronto.
- Purês de frutas: frutas raspadas ou amassadas devem ser dadas ao bebê nos lanches da manhã ou da tarde, podendo-se também oferecer frutas cozidas, mas sempre sem adicionar açúcar. Algumas frutas boas para iniciar a alimentação sólida do bebê são maçã, pera, banana e mamão.
- Mingaus: os mingaus devem ser feitos de acordo com a orientação do pediatra ou do nutricionista, seguindo a diluição indicada no rótulo. Podem ser dados mingaus de cereais, farinhas e amido, utilizando fontes como milho, arroz, trigo e mandioca. Além disso, não se deve evitar dar glúten ao bebê, pois o contato com o glúten diminui as chances de intolerância alimentar no futuro.
Rotina alimentar
Um exemplo da rotina alimentar de um bebê com 6 meses durante um dia pode ser:
- Café da manhã (7h): Leite materno ou mamadeira;
- Lanche da manhã (10h): Purê de frutas com banana e maçã;
- Almoço (13h): Purê de legumes com batata-doce, abóbora e couve-flor;
- Lanche da tarde (16h): Leite materno ou leite artificial;
- Jantar (18:30h): Mingau de trigo;
- Ceia (21h): Leite materno ou leite artificial.
Os purês e mingaus devem ser dados ao bebê com colher, evitando sempre dar na mamadeira, pois ele precisa aprender a sentir a textura, ter a mastigação estimulada e aprender a engolir os alimentos.
Alimentos que o bebê não deve comer
Com base nesse método todo alimento que não possa ser segurado com a mão não deve ser dado ao bebê, como sopa, purê e papinhas. Para preparar os alimentos para o bebê cozinhe apenas com água e uma quantidade mínima de sal. Conforme o bebê vai se habituando com a alimentação, por volta dos 9 meses, pode-se ir introduzindo temperos, ervas e condimentos para variar o sabor.
Se o bebê não gostou de um determinado alimento, inicialmente, não se deve ficar insistindo para ele comer, porque isso pode fazer com que ele perca o interesse pela comida. A melhor estratégia é só tentar depois de algum tempo, dando uma quantidade pequena.
O azeite e o óleo de cocô são bem-vindos, mas o óleo de cozinha não, por isso o bebê não deverá comer nada frito, apenas grelhado e cortado em tirinhas.
Salsicha, linguiça, embutidos, doces duros, moles ou pegajosos, assim como as sopas batidas e as papinhas são desaconselhados.
Quanto alimento devo dar
A quantidade ideal é de apenas 3 ou 4 alimentos diferentes no almoço e no jantar. Isso não quer dizer que o bebê vai comer tudo, para a experiência de pegar e colocar na boca para sentir o cheiro e o sabor também contam. É normal haver sujeira pela mesa porque o bebê ainda está aprendendo e não deve ser punido por não comer tudo ou espalhar a comida em sua cadeira ou pela mesa.
Como saber que o bebê comeu o suficiente
O bebê vai parar de comer quando deixar de sentir fome ou perder a curiosidade pelo alimento que está na sua frente. A melhor forma de saber se o bebê está sendo bem alimentado é verificar se ele está crescendo e engordando o suficiente em cada consulta no pediatra.
Todo bebê ainda vai precisar de continuar mamando até, pelo menos, 1 ano de idade, e boa parte das calorias e vitaminas que precisa, também virão do leite materno. Oferecer a mama depois do bebê comer com suas próprias mãos também é uma boa forma de garantir que ele come o suficiente.
Como garantir que o bebê não vai engasgar
Para que o bebê não engasgue ele deve permanecer todo o tempo da refeição sentado à mesa, tendo total controle do que pega e coloca na boca. De acordo com o desenvolvimento normal da criança, primeira ela é capaz de sugar, depois de morder e mastigar, mas somente quando ela consegue ficar sentado sozinho, abrir e fechar a mão e levar algo à boca para comer, é que ela deve ser estimulado a comer em pedaços.
Se ele já se desenvolveu dessa forma, há pouco risco de engasgar, até mesmo porque o bebê não irá conseguir pegar alimentos muito pequenos como grãos de arroz, feijão ou amendoim, porque para esse movimento é preciso muito mais coordenação, e são esses alimentos menores que tendem a fazer a criança engasgar. Os pedaços grandes que não foram devidamente amassados pela gengiva do bebê podem ser retirados da garganta através do reflexo natural que o bebê tem, mas para que ele funcione, o bebê precisa estar sentado ou de pé.